domingo, 27 de fevereiro de 2022

Estou exactamente onde quero estar.

Depois de agir menos bem, penso. Considero o facto de que saio de mim, às vezes e nem sempre consigo voltar. Comigo levo palavras menos bonitas, invado o espaço e crio sensações que despertam alguma nostalgia sobre aquilo que na verdade somos.

Acordo com alguma ansiedade. Será que vou ser capaz de voltar atrás? Não sou, apenas abro as portas daquilo que realmente importa: o amor.


Faço o que tenho a fazer, todos os dias, porque me faz sentir bem, relaxada, próxima de mim e dentro de mim. Depois ajudo uma outra alma, ou tento. Lavada em lágrimas sinto essa dor e um nó forte na garganta. "Diz o que tens para dizer".  Apercebo-me que as lágrimas não são minhas, apenas estou a deixá-las sair. Acredito.

Faço café, deito-me na cama e começo a ler um livro. Quando volto à leitura parece que tudo faz sentido. Em especial, as palavras de alguém tão longe que me parece próximo.

Apercebo-me que estou exactamente onde quero estar. Neste conforto, nesta dádiva, numa vida que vivo intensamente, entusiasmada, que me leva a crer que somos todos iguais. Sofremos, rimos, pensamos, procuramos a paz, a razão de viver, a essência da vida. Materializamos a compaixão pelo sofrimento do mundo.

A Antena 2 fala e faz-se ouvir de melodias lindas de compositores que conheço de nome, não sou capaz de identificar mas sou muito capacitada para ouvir. As notas são um fio de pequenas e grandes recordações.

Voltando à vida, é bom sentir esta grandiosidade, este preenchimento, sem apego. Escrever é um respirar, não fica retido, apenas entra e volta a sair.

Gratidão,
Cláudia

biovilla

Biovilla

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Marvão


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