quarta-feira, 24 de agosto de 2016

A potência

Enquanto corpos suaves se tocavam dançando em passos curvados, a potência masculina revela-se delicadamente selvagem. A transpiração fundia-se num cheiro forte em toda a sala, enquanto nos tentávamos esquecer que o calor era insuportável. A energia descontrolada, de darmos tudo o que tínhamos para dar. Oferta a olhos que se esvaziavam de pensamentos. Cada uma no seu pedaço de mulher. O querer conquistar quem desejamos ser. Tudo isto se faz a dançar.

Voltemos a ser mulheres. Raiz da terra, retirar apenas o que nos pertence, reproduzir amor em forma de natureza.

Beldroegas da Praça das Caldas da Rainha. Batatas vindas não sei de onde. De um editor viajado por Marrocos.

Pesto de beldroegas:
Beldroegas
Amêndoas do Algarve
Sal marinho
Azeite









Obrigada,
Cláudia

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Em linha recta


A cadência nunca é a mesma. Há espaços maiores do que outros, há saltos que se fazem altos, outros que são pequenos e delicados. É preciso uma mão. Quem a estende primeiro? Ceder a uma fraqueza não é perder nada, é ganhar espaço no outro. Os gestos não são para ti, para ti ou para ti. São para o Outro. Divino, tudo é divino.



Meloa, folhas de tomilho biológicas secas em casa, miso e geleia de arroz.

Obrigada,
Cláudia