domingo, 31 de julho de 2016

 Centro





























No meio nos escondemos, queremos passar despercebidos. Mas os que estão à volta não nos deixam. Porque não estamos certos que não queremos. No meio do igual queremos ser diferentes. Até somos diferentes, aos olhos de quem nos identifica como "outro".

A clareza da vida afasta-nos da periferia e encontra-se ao centro.

Cenouras semeadas, colhidas, guardadas, transportadas, oferecidas, escovadas, temperadas. Tempo de espera e depois comidas. Veículo de uma estória. Pelas terras de Ferreira do Zêzere.

Os cajus da Guiné. Longe colhidos, vendidos nas ruas quentes. Comprados e transportados até Lisboa. Partilha com carinho.

Calda:
Chá de citrinos
Açafrão das índias
Sal marinho
Gengibre
Erva-doce
Pau de canela
Lima
Geleia de arroz

Cenouras conservadas na calda dois dias, no frigorífico


Obrigada,
Cláudia

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