sábado, 28 de maio de 2016

Esperar


Ontem na marginal.
No suposto momento de saída entram os pássaros a voarem alto. Que afinal voam baixo. Na queda da noite, uma massa cinzenta de nuvens esconde o sol. São andorinhas. Belas livres, de som activo e estridente. Cruzam-se no ar, rápidas sem as conseguirmos seguir.
Ao fundo uma baía e o sol sente-se grande a querer penetrar, já sem força, é hora de descansar.
O som é surdo quando não se quer ouvir.

Vou esperar sem querer, parar de sonhar e aguardar quando me quiseres tocar.

Os pêssegos ácidos. A calda de açúcar de coco no chá de hibisco. A raspa de laranja e o pó solto de açafrão. Aconchegados.





















































Obrigada, Cláudia

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