sábado, 30 de abril de 2016

Alinhamentos

Esperavam por tempo. Que desaparece, que escoa viscoso pelas mãos em movimentos rápidos irracionais. Tentar apanhar as ondas que se propagam. Afinal o que é o eco? Será mais um truque bem afinado? Soa bem, até porque desaparece.

Verdes, lindas. Da praça das Caldas da Rainha, numa missão. Pequenina, afinal nunca nada é grande. Mas cá dentro, é belo, é natureza, é imprevisível, é paixão, é tudo. É isto. Alinhamento.

Favas. Murcharam, perderam alguma beleza enquanto esperavam esquecidas. Favas são descascadas pelas mães e pelas filhas, são cozinhadas pelas mães e comidas pela família.
O pequeno rebento rasgou-se, germinando. Vontade própria, natureza bela.

Tanto num só alimento.






Obrigada,
Cláudia




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