Sin coentros
Coentros, São Tomé e Buenos Aires.
Comecemos pelos coentros.
Há quem adore, há quem odeie. Eu cozinho por ondas e já não gosto de "cozinhar" os coentros, frescos parecem-me sempre mais autênticos. Já que estão lá, que os sinta por inteiro. Adoro um bom piso de coentros, com lima, com avelãs, com nozes, com mais uma outra erva fresca que esteja à mão, envolvidos numa pratada de massa e está feita uma refeição.
Às vezes faço pausas, para não me cansar e imaginar a descoberta olfactiva num perfume fresco, com aroma a campo e cozinha alentejana. Conseguem imaginar?
Cidade de São Tomé.
Conheci a Nora em São Tomé. A Nora odeia coentros.
Vivia na Casa Amarela, uma casa colonial com jardim, decorada com um distinto toque da Nora. Pormenores simples que transmitem o cuidado e a dedicação aos materiais disponíveis na Ilha, com cultura e poucos recursos.
Entre Buenos Aires e São Tomé.
A Nora é de Buenos Aires. Viajada e itinerante passa por Lisboa e permanece horas ou dias. Assim nos vamos encontrando neste trânsito. Almoçamos e jantamos fora, em restaurantes bem escolhidos para que não haja surpresas desagradáveis, pois a Nora odeia coentros.
Esta receita voou para Buenos Aires numa ocasião especial, a Nora fez 70 anos e dediquei-lhe esta receita portuguesa, carregada de coentros.
Com base na receita de Açorda de bacalhau com tomate seco do Pingo Doce.
Obrigada e parabéns Nora!
Cláudia
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